Aconteceu nesta quinta-feira (29), na sede do Ministério Público de Torres, a pedido do Fórum Empresarial da cidade, uma reunião de vários setores da sociedade civil para tentar encaminhar ações concretas, sobre convivência e gestão, da problemática referente ao aumento de pessoas em situação de rua. O latrocínio recente de trabalhador, por criminoso fichado que perambulava na cidade, foi uma das justificativas da reunião. Presentes o prefeito de Torres Delci Dimer, seu vice André Pozzi, além de vereadores, servidores da BM, da Polícia Civil, e líderes de várias entidades de classe
O líder do Fórum Empresarial, Eraclides Maggi, abriu o debate afirmando que o assunto é delicado mas que por isto mesmo deve ser tema de discussão, sem preconceitos ou medo da hipocrisia. A seguir, várias pessoas deram ideias para combater o que está sendo considerado, pelo grupo, como um problema de Segurança e de Saúde Pública, além de ser de assistência social.
Encaminhamentos preliminares
Uma mudança na forma de agir por parte dos sistemas de segurança e assistência social local acabou sendo demanda principal. As políticas de acolhimento atuais as pessoas em situação de rua de Torres foi questionada, por poder ser ela uma forma de atrair este tipo de ‘público’ ao invés de diminuir. Mas a secretaria de ação social de Torres, Michele Brocca, ressaltou a importância em valorizar o atual sistema mais humanizado, mostrando resultados. Citou, por exemplo, como positivo o fato dos equipamentos de ação social da municipalidade já terem encaminhado 12 pessoas para um melhor caminho na sociedade – depois de gerir os casos procurando emprego para os albergados ou o aproximando mais de sua família.
Após várias outras ideias e propostas de mudança, o prefeito Delci afirmou que vai reunir as informações adas sobre o assunto para, em reunião com seus secretários, avaliar se há necessidade de mudança nas políticas públicas planejadas neste início de governo, principalmente dos questionamentos levantados de projetos de apresentados – como, por exemplo , a construção de uma Casa de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua (já anunciada pela secretaria, mas que foi muito questionada pelo grupo.
O vereador Gimi Vidal sugeriu uma espécie de protocolo, para que as leis atuais sejam cumpridas e, pelo menos, para ajudar as forças de segurança estaduais e municipais. Citou a ideia de notificar donos de terrenos e prédios abandonados, para que os cerquem (evitando invasões e uso por pessoas sem moradia), além de cobrar o cumprimento de legislações municipais, como a que proíbe flanelinhas (esta inclusive fruto de uma projeto de lei de sua autoria).
Cercamento da antiga prefeitura e rodoviária
Dentre poucas decisões objetivas, ficou bem encaminhada a proposta da prefeitura utilizar seus instrumentos legais para articular o fechamento do antigo prédio da rodoviária e da antiga prefeitura (Museu Histórico de Torres, infelizmente abandonado) por exemplo.
Mas o grupo se comprometeu em montar mais algumas propostas de projetos, para que a comunidade não se conforme com as causas do descontrole sobre o perfil e os objetivos dos casos de pessoas em situação de rua na cidade, evitando com planejamento a repetição de tragédias (como o assassinato do trabalhador ocorrido na manhã de terça-feira, dia 27 de maio).